TJRJ torna rés deputada Lucinha e ex-assessora por envolvimento com milícia

  • 15/12/2025
(Foto: Reprodução)
Deputada estadual Lucinha vira ré, acusada de envolvimento com milícia O órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio decidiu, nesta segunda-feira (15), tornar rés a deputada estadual Lucinha (PSD) e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, por suspeita de envolvimento com uma milícia. A decisão foi tomada por 12 votos a 8. Em junho de 2024, a parlamentar e a ex-assessora foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) por suspeita de integrar a milícia que era comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso no final de 2023 (veja um resumo das acusações ao fim desta reportagem). A milícia denominada “Tropa do Z”, “Bonde do Zinho” ou “Família Braga” atua em Campo Grande, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Guaratiba e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 RJ no WhatsApp Lucinha Divulgação De acordo com as investigações, Lucinha fazia parte do núcleo político da organização criminosa. “Em múltiplos episódios, constata-se a clara interferência das denunciadas na esfera política, junto a autoridades policiais e políticas, ora para favorecer os interesses da organização criminosa, ora para blindá-la das iniciativas estatais de combate ao grupo e ora para livrá-los de ações policiais, garantindo a impunidade dos seus integrantes”, relata um dos trechos da denúncia, assinada pelo Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, com o apoio da Assessoria de Atribuição Originária Criminal (AAOCRIM/MPRJ). No dia 11 de abril de 2025, a desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo apresentou relatório pelo recebimento da denúncia. A defesa de Lucinha afirmou que "a expressiva divergência no julgamento", com a denúncia recebida por 12 votos a 8, demonstra claramente a fragilidade da acusação e a origem ilícita do processo. Embora respeite e acate a decisão do Órgão Especial, a defesa "confia que essa denúncia não resistirá ao exame dos Tribunais Superiores", disse o advogado Nélio Machado. O advogado Braz Sant’anna, que defende Ariane Afonso Lima, afirmou que vai recorrer da decisão e disse que a acusação se baseou em uma apreensão ilícita. Ele acrescentou que Ariane era apenas uma assessora parlamentar e cumpria ordens. LEIA TAMBÉM: Entenda casos em que deputada teria tentado ajudar milícia 'Estou com saudades', diz Lucinha em mensagem para miliciano Ministro do STJ anula condenação da deputada estadual Lucinha por peculato por empregar funcionário fantasma na Alerj Interesses da milícia Segundo o MPRJ, Lucinha e sua ex-assessora deram aos criminosos informações privilegiadas relacionadas à agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à Zona Oeste, permitindo que os milicianos retirassem seus integrantes das ruas das localidades dominadas pela organização criminosa. Mensagens trocadas entre Lucinha e Domício Barbosa de Souza, o Dom, nome que era importante na estrutura da milícia, mostraram que a deputada tentou defender os interesses do grupo criminoso. Áudios revelam preocupação de deputada Lucinha em favorecer milícia de Zinho na Zona Oeste Lucinha teria intercedido junto ao prefeito Eduardo Paes para que fosse mantida uma "brecha" jurídica para que vans circulassem livremente por várias partes do município, desrespeitando o sistema estabelecido em 2009 pela prefeitura. O objetivo era deixar que continuasse a exploração do transporte alternativo como uma das principais fontes de renda da organização criminosa. Além disso, as duas teriam mantido encontros com Zinho e outros nomes fortes da milícia entre junho de 2021 e março de 2022. Parentes de milicianos condenados e outros nomes envolvidos com a organização criminosa também foram empregados em gabinetes e instâncias da Alerj, segundo o MP. A pena por formação de milícia privada pode variar de 5 a 10 anos de prisão e multa, além da perda da função pública. Acusações contra Lucinha: Fornecimento de informações privilegiadas à quadrilha. Defesa de interesses econômicos da organização criminosa (Orcrim) no transporte alternativo por meio de vans. Tráfico de influência e interferência junto a autoridades policiais. Interferência e participação na soltura de milicianos presos em flagrante no dia 6/11/2021. Interferência na remoção dos comandantes do Batalhão de Santa Cruz (27º BPM) e da 8ª DPMJ. Manutenção de estreito vínculo com o miliciano Domicio Barbosa de Souza, o Dom. Utilização do poder político para nomeação de parentes de integrantes da Orcrim como assessores parlamentares no gabinete da deputada. Utilização de serviços e servidores públicos em favor da rede de informações da Orcrim. Uso da posição política para proteger e assegurar sua base eleitoral na zona oeste do Rio.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/15/deputada-lucinha-vira-re.ghtml


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